segunda-feira, 25 de maio de 2009

Dia Internacional das Crianças Desaparecidas


Primeiro, os nazistas vieram buscar os comunistas, mas, como eu não era comunista, eu me calei. Depois, vieram buscar os judeus, mas, como eu não era judeu, eu não protestei. Então, vieram buscar os sindicalistas, mas, como eu não era sindicalista, eu me calei. Então, eles vieram buscar os católicos e, como eu era protestante, eu me calei. Então, quando vieram me buscar... Já não restava ninguém para protestar.
Martin Niemöller (1933)



Embora não seja a minha área de atuação profissional, não posso fechar os olhos ao que ocorre ao meu redor, no Brasil e no mundo, afinal, viver em sociedade é participar, se informar, refletir, opinar, e estamos - todos nós - aprendendo a viver nesse planeta chamado Terra, enfim, hoje é o Dia Internacional das Crianças Desaparecidas, data que não é de celebração, mas de reflexão e para difundir os serviços existentes para auxiliar a encontrar tantas crianças e adolescentes.

O Dia Internacional das Crianças Desaparecidas foi criado após o desaparecimento, em Nova Iorque, a 25 de Maio de 1979, de Etan Patz, que tinha na época, seis anos. Nos anos que se seguiram, várias organizações começaram a assinalar esta data até que em 1983 o presidente dos EUA declarou 25 de Maio como o dia dedicado às crianças desaparecidas.

Finalmente, todos perceberam que a união das informações é a melhor forma de conseguir informações sobre as crianças, e podemos ver a criação de redes, por todo o mundo, que desempenham esse importante trabalho.

No Brasil, em 2002, a Secretaria Especial de Direitos Humanos, órgão do Ministério da Justiça, constituiu uma rede nacional de identificação e localização de crianças e adolescentes desaparecidos, com o objetivo de criar e articular serviços especializados de atendimento ao público e coordenar um esforço coletivo e de âmbito nacional para busca e localização dos desaparecidos.*1

Na Europa, Portugal foi dos primeiros países a ter um número de telefone operacional de alerta para casos de desaparecimentos de menores. O número 116000 era até agora um serviço operacional em cinco países: Grécia, Hungria, Holanda, Portugal e Roménia, hoje, dez Estados-membros da União Europeia ativaram esse número único para toda a Europa. *2

Para ilustrar a utilidade deste serviço, a Comissão Europeia fez recentemente referência a um caso ocorrido em Portugal: em Setembro de 2008, um belga raptou as três filhas menores em Antuérpia, trouxe-as para Portugal e acabou por ser detido em Viseu “minutos depois” de um alerta lançado pelo Instituto de Apoio à Criança (IAC) na sequência de uma chamada para esta linha. *2

No Brasil, ainda não existem dados oficiais que determinem a quantidade de crianças e adolescentes desaparecidos anualmente, contudo, dos casos registrados, um percentual de 10 a 15% permanecem sem solução por um longo período de tempo, e, às vezes, jamais são resolvidos. *1

Existem 1.247 casos de crianças e adolescentes desaparecidos no Brasil que estão cadastrados no site da ReDesap. Desde sua criação já foram solucionados 725 casos, sendo que se constatou que uma das causas mais comuns de desaparecimento é a fuga do lar por conflito familiar. *1

Observando as estatísticas no site do Ministério da Justiça, podemos constatar que a cidade com maior índice de crianças e adolescentes desaparecidos é o Distrito Federal, ou, pelo menos, casos de desaparecimento que estão cadastrados nesse banco de dados.

Precisamos aprender a sentir, como se fossem nossas, as dores de outras famílias, afinal, somos todos seres humanos. Lembro-me de um dia, acompanhar minha mãe ao teatro com uma de minhas sobrinhas, a estória era uma adaptação do flautista mágico, e no final, quando terminou a estória, todas as crianças formaram uma fila para seguir o flautista, o que parecia apenas uma brincadeira, se tornou uma excelente e profunda reflexão: fomos informados pelo "flautista" que nossas crianças foram levadas por "vingança pelo que a cidade fizera ao músico", foi um baque geral, todo mundo segurou as lágrimas somente por imaginar a situação. Para nossa alegria, as crianças nos esperavam no hall de entrada comendo balas e pirulitos, totalmente alheios ao súbito sentimento de amor que arrebatava todas as mães, pais, tios, tias, avós e avôs presentes que abraçaram longamente os pequeninos.

Bjos a todos.




quarta-feira, 20 de maio de 2009

Dia de aniversário com Mário Prata

Hoje poderia ser um dia comum, não fosse o fato de ser meu aniversário, como li em algum lugar, devemos comemorar os momentos e não os anos, mas como o homem sempre contou as horas, os dias e os anos, pois cada civilização sempre mediu o tempo com um método (lunar, solar, estrelar, sei lá...) Não vou fugir à data e ao tempo, vamos celebrar!!!
E, para aproveitar a oportunidade, vamos saborear juntos, como sempre, o Mário Prata...
Abs a todos.

As mulheres de 30
Mário Prata

O que mais as espanta é que, de repente, elas percebem que já são balzaquianas. Mas poucas balzacas leram A Mulher de Trinta, de Honoré de Balzac, escrito há mais de 150 anos.

Olhe o que ele diz: 'Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis. A mulher jovem tem muitas ilusões, muita inexperiência. Uma nos instrui, a outra quer tudo aprender e acredita ter dito tudo despindo o vestido. (...) Entre elas duas há a distância incomensurável que vai do previsto ao imprevisto, da força à fraqueza. A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a jovem, sob pena de não sê-lo, nada pode satisfazer'.

Madame Bovary, outra francesa trintona, era tão maravilhosa que seu criador chegou a dizer diante dos tribunais: 'Madame Bovary c'est moi'. E a Marilyn Monroe, que fez tudo aquilo entre 30 e 40?

Mas voltemos a nossa mulher de 30, a brasileira-tropicana, aquela que podemos encontrar na frente das escolas pegando os filhos ou num balcão de bar bebendo um chope sozinha. Sim, a mulher de 30 bebe. A mulher de 30 é morena. Quando resolve fazer a besteira de tingir os cabelos de amarelo-hebe passa, automaticamente, a ter 40. E o que mais encanta nas de 30 é que parece que nunca vão perder aquele jeitinho que trouxeram dos 20. Mas, para isso, como elas se preocupam com a barriguinha!

A mulher de 30 está para se separar. Ou já se separou. São raras as mulheres que passam por esta faixa sem terminar um casamento. Em compensação, ainda antes dos 40 elas arrumam o segundo e definitivo. A grande maioria tem dois filhos. Geralmente um casal. As que ainda não tiveram filhos se tornam um perigo, quando estão ali pelos 35. Periga pegarem o primeiro quarentão que encontrarem pela frente. Elas querem casar.

Elas talvez não saibam, mas são as mais bonitas das mulheres. Acho até que a idade mínima para concurso de miss deveria ser 30 anos. Desfilam como gazelas, embora eu nunca tenha visto uma (gazela). Sorriem e nos olham com uns olhos claros. Já notou que elas têm olhos claros? E as que usam uns cabelos longos e ondulados e ficam a todo momento jogando as melenas para trás? É de matar.

O problema com esta faixa de idade é achar uma que não esteja terminando alguma tese ou TCC. E eu pergunto: existe algo mais excitante do que uma médica de 32 anos, toda de branco, com o estetoscópio balançando no decote de seu jaleco diante daqueles hirtos seios? E mulher de 30 guiando jipe? Covardia. A mulher de 30 ainda não fez plástica. Não precisa. Está com tudo em cima. Ela, ao contrário das de 20, nunca ficou. Quando resolve, vai pra valer. Faz sexo como se fosse a última vez. A mulher de 30 morde, grita, sua como ninguém. Não finge. Mata o homem, tenha ele 20 ou 50. E o hálito, então? É fresco. E os pelinhos nas costas, lá pra baixo, que mais parecem pele de pêssego, como diria o Machado se referindo a Helena, que, infelizmente, nunca chegou aos 30?

Mas o que mais me encanta nas mulheres de 30 é a independência. Moram sozinhas e suas casas têm ainda um frescor das de 20 e a maturidade das de 40. Adoram flores e um cachorrinho pequeno. Curtem janelas abertas. Elas sabem escolher um travesseiro. E amam quem querem, à hora que querem e onde querem. E o mais importante: do jeito que desejam.

São fortes as mulheres de 30. E não têm pressa pra nada. Sabem aonde vão chegar. E sempre chegam. Chegam lá atrás, no Balzac: 'A mulher de 30 anos satisfaz tudo'. Ponto. Pra elas.

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,,EPT670368-2813,00.html

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Uma pitada de humor para os acadêmicos

Para chegar ao fim das coisas, o primeiro passo é julgá-las possíveis.

Luiz XIV


Eu estou aguardando a data para defender minha tese, cujo tema é: "Os Serviços de Atendimento ao consumidor e a fidelização dos clientes sob a ótica dos princípios da informação e da transparência". Um tema voltado para as relações de consumo mas sob o prisma da administração, do marketing e da sociologia. Foram anos de estudo e outros tantos para escrever, agora aguardo a data para a defesa perante a banca.

Depois de anos me concentrando unicamente na tese, agora estou vivendo novamente em sociedade, voltei a ir à festas de aniversário, jantar fora, ir à praia, pequenos prazeres que abandonamos para focar nos estudos, a todos que estão passando por isso ou já passaram podem compreender.

É evidente que valorizo esse esforço e que tenho certeza que é recompensador, mas não posso deixar de compartilhar com todos o ponto de vista do ilustre Mário Prata, que tratou com uma boa dose de humor alguns aspectos da vida de quem trilha o caminho acadêmico.

Boa sorte para os que ainda vão trilhar essa seara, parabéns para quem já trilhou...

Para os familiares e amigos, analisem e comentem se o Mário Prata tem razão. Abs a todos.






Uma tese é uma tese
Mário Prata




Sabe tese, de faculdade? Aquela que defendem? Com unhas e dentes?
É dessa tese que eu estou falando.
Você deve conhecer pelo menos uma pessoa que já defendeu uma tese.
Ou esteja defendendo. Sim, uma tese é defendida.
Ela é feita para ser atacada pela banca, que são aquelas pessoas que gostam de botar banca.
As teses são todas maravilhosas. Em tese.

Você acompanha uma pessoa meses, anos, séculos, defendendo uma tese. Palpitantes assuntos. Tem tese que não acaba nunca, que acompanha o elemento para a velhice. Tem até teses pós-morte. O mais interessante na tese é que, quando nos contam, são maravilhosas, intrigantes.

A gente fica curiosa, acompanha o sofrimento do autor, anos a fio. Aí ele publica, te dá uma cópia e é sempre - sempre - uma decepção. Em tese. Impossível ler uma tese de cabo a rabo. São chatíssimas. É uma pena que as teses sejam escritas apenas para o julgamento da banca circunspecta, sisuda e compenetrada em si mesma.

E nós? Sim, porque os assuntos, já disse, são maravilhosos, cativantes, as pessoas são inteligentíssimas. Temas do arco-da-velha. Mas toda tese fica no rodapé da história. Pra que tanto sic e tanto apud? Sic me lembra o Pasquim e apud não parece candidato do PFL para vereador? Apud Neto.

Escrever uma tese é quase um voto de pobreza que a pessoa se autodecreta. O mundo pára, o dinheiro entra apertado, os filhos são abandonados, o marido que se vire. Estou acabando a tese. Essa frase significa que a pessoa vai sair do mundo. Não por alguns dias, mas anos.

Tem gente que nunca mais volta.

E, depois de terminada a tese, tem a revisão da tese, depois tem a defesa da tese. E, depois da defesa, tem a publicação. E, é claro, intelectual que se preze, logo em seguida embarca noutra tese. São os profissionais, em tese.

O pior é quando convidam a gente para assistir à defesa. Meu Deus, que sono. Não em tese, na prática mesmo. Orientados e orientandos (que nomes atuais!) são unânimes em afirmar que toda tese tem de ser - tem de ser! - daquele jeito. É pra não entender, mesmo. Tem de ser formatada assim. Que na Sorbonne é assim, que em Coimbra também. Na Sorbonne, desde 1257. Em Coimbra, mais moderna, desde 1290.

Em tese (e na prática) são 700 anos de muita tese e pouca prática. Acho que, nas teses, tinha de ter uma norma em que, além da tese, o elemento teria de fazer também uma tesão (tese grande). Ou seja, uma versão para nós, pobres teóricos ignorantes que não votamos no Apud Neto. Ou seja, o elemento (ou a elementa) passa a vida a estudar um assunto que nos interessa e nada. Pra quê? Pra virar mestre, doutor? E daí?

Se ele estudou tanto aquilo, acho impossível que ele não queira que a gente saiba a que conclusões chegou. Mas jamais saberemos onde fica o bicho da goiaba quando não é tempo de goiaba. No bolso do Apud Neto?

Tem gente que vai para os Estados Unidos, para a Europa, para terminar a tese. Vão lá nas fontes. Descobrem maravilhas. E a gente não fica sabendo de nada. Só aqueles sisudos da banca. E o cara dá logo um dez com louvor. Louvor para quem? Que exaltação, que encômio é isso?

E tem mais: as bolsas para os que defendem as teses são uma pobreza. Tem viagens, compra de livros caros, horas na Internet da vida, separações, pensão para os filhos que a mulher levou embora. É, defender uma tese é mesmo um voto de pobreza, já diria São Francisco de Assis. Em tese.

Tenho um casal de amigos que há uns dez anos prepara suas teses. Cada um, uma. Dia desses a filha, de 10 anos, no café da manhã, ameaçou:

- Não vou mais estudar! Não vou mais na escola.

Os dois pararam - momentaneamente - de pensar nas teses.

- O quê? Pirou?

- Quero estudar mais, não. Olha vocês dois. Não fazem mais nada na vida. É só a tese, a tese, a tese. Não pode comprar bicicleta por causa da tese. A gente não pode ir para a praia por causa da tese. Tudo é pra quando acabar a tese. Até trocar o pano do sofá. Se eu estudar vou acabar numa tese. Quero estudar mais, não. Não me deixam nem mexer mais no computador. Vocês acham mesmo que eu vou deletar a tese de vocês?

Pensando bem, até que não é uma má idéia!

Quando é que alguém vai ter a prática idéia de escrever uma tese sobre a tese? Ou uma outra sobre a vida nos rodapés da história?
Acho que seria uma tesão.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Uma singela homenagem às mães

"Há algum tempo eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípios tão mal assegurados não podia ser senão duvidoso e incerto, de modo que me era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida, me desfazer de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo novamente desde os fundamentos."

René Descartes (1596-1650)



Estamos próximos da comemoração do dia das mães, nada melhor do que refletirmos sobre nossas próprias mães, sobre nós mesmas (para aquelas que já trilham essa jornada e para quem ainda trilhará... como eu...) e também sobre nossas crianças.

Mãe é uma palavra mágica, cura a dor, cura a solidão, em todos os lugares do planeta a mãe sempre representa um lugar de honra na família, poderíamos dizer até que é sagrada.

Em nossa sociedade, precisamos observar com atenção o que estamos fazendo com nossas crianças, as mães normalmente são atentas, mas existem inúmeros meios das crianças serem atingidas por informações distorcidas e acabarem tendo seus valores, postura e princípios igualmente distorcidos, tornando-se adultos imaturos e inconsequentes. Na verdade, em conversas com meus colegas professores, percebemos que vivemos as consequencias de uma geração que não sabe muito bem o que significa respeito aos mais velhos, aos doentes, aos animais, à natureza, aos professores, precisamos resgatar nossas crianças enquanto é tempo.

A escola transmite conhecimento, mas valores e princípios é obrigação da família. E isso sabemos que as mães podem transmitir com maestria.

Não posso deixar de citar o maravilhoso trabalho desenvolvido pelo Geledés chamado "Promotoras Legais Populares - Capacitação de Lideranças Femininas Populares", do qual tenho a honra de participar nas aulas de filosofia e cidadania. Trata-se um projeto que tem por objetivo a capacitação legal de lideranças comunitárias femininas em direitos humanos e das mulheres, no sentido de multiplicar informações nesses temas; instrumentalizar e fortalecer a busca da cidadania e acesso à justiça.

Os cursos realizados revelaram lideranças femininas em direitos humanos e direitos das mulheres que hoje atuam como educadoras, agentes de cidadania e que tem atuado na solução de inúmeras outras mulheres em questões que até então supunham depender da ação de um advogado como: pensão alimentícia; separação; aposentadoria, investigação de paternidade, violência contra a mulher, etc...

Foi com muita satisfação e emoção que assisti, no último dia 25 de abril, na Câmara Municipal de São Paulo, a formatura de mais uma turma das Promotoras Legais Populares do núcleo do Hospital São Matheus, parabéns a todas vocês que venceram mais um desafio, e tenham certeza que este será o primeiro de muitos outros, e agora, com mais responsabilidade, porque vocês tem mais conhecimento, deixo aqui um grande e afetuoso abraço.

Nessas datas gosto de lembrar de nossas origens, portanto, não posso deixar de mencionar BARTIRA, índia tupiniquim considerada uma das "mães do povo brasileiro", afinal, foi seu casamento com o português João Ramalho que viabilizou o processo de colonização.

Ela era filha do cacique Tibiriçá, o mais importante chefe indígena da capitania de São Vicente. Bartira e João Ramalho tiveram muitos filhos e filhas, que casaram com importantes e influentes homens da capitania. Joana Ramalho, por exemplo, se casou com o capitão-mor Jorge Ferreira, que construiu a Fortaleza de São Felipe, em Bertioga.

O povoamento do planalto de Piratininga (nossa querida São Paulo) foi feito a partir do assentamento luso-tupiniquim comandado por Bartira, João Ramalho e sua extensa prole. Convém lembrarmos que ainda tivemos outras mães: Catarina Paraguaçu e Maria do Espírito Santo Arco-Verde.

Para saber essas e outras histórias sobre as maravilhosas mulheres brasileiras recomendo a leitura de: "Dicionário Mulheres do Brasil", um trabalho muito acurado organizado por Schuma Schumaher e Érico Vital Brazil, publicado por Jorge Zahar.


Para finalizar, uma homenagem à todas as mães, por tudo que fazem por seus filhos e famílias, mas especialmente à minha mãe, por tudo que sou e pelos valores que tenho, por ensinar a importância de ser mãe, de trabalhar fora, de ser mulher, esposa, guerreira nas épocas difíceis, de não deixar a "peteca cair", de conciliar interesses conflitantes e reconciliar pessoas, amigos e parentes. Espero um dia ser mãe e conseguir fazer o que você sempre conseguiu...


Mão de Mãe
Tu te lembras, mamãezinha,
Daquela criança arteira
Tentando correr sozinha,
Soltando da tua mão?
Dos dois pezinhos trementes
Tropeçando na poeira?
Da queda sem precedentes
E do joelho no chão?
Lembras do choro fingido?
O teu beijinho era cura...
Teu filho não se esqueceu:
Hoje em
dia, já crescido,
Quando cai ainda procura
A mão que sempre o ergueu.

07/05/2007 *

*extraído de http://sitedepoesias.com.br