Entre 1998 e 2008, aumentou o número de mulheres chefes de família. Em 1998, elas eram responsáveis financeiramente em 25,9% dos lares. Em 2008, o percentual passou para 34,9%. A OIT divulga os dados com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Ainda conforme os dados da organização, as mulheres no fim de 2008 representaram 43,7% das pessoas acima de 16 anos no mercado de trabalho. Ou seja, eram 42,5 milhões entre os 97 milhões de trabalhadores do país.
Mesmo com a participação semelhante entre os trabalhadores, as informações da OIT mostram que elas sofrem muito mais com o desemprego do que os homens. A situação é ainda pior entre as mulheres negras. Entre as negras a taxa de desemprego atingiu 10,8% em 2008 e entre as mulheres brancas, 8,3%.
Entre os homens negros, a taxa de desemprego foi de 5,7% e entre os brancos, 4,5%.
A OIT apresenta ainda a informação de que 15,8% das mulheres ocupadas estão no trabalho doméstico, e a maioria, em relação precária de trabalho: somente 26,8% têm carteira assinada. Entre as mulheres negras, a situação também piora: 76% das que atuam no trabalho doméstico estavam na informalidade em 2008.
Jornada maior
Além da situação desigual no mercado de trabalho, as mulheres trabalham cinco horas a mais por semana do que os homens, considerando os afazeres domésticos.
A jornada semanal média no mercado de trabalho é de 34,8 horas semanas para a mulher e 42,7 horas semanais para o homem. Quando considerados os afazeres domésticos, a carga de trabalho feminina passa para 57,1 horas semanais contra 52,3 horas semanais dos homens.
Mudanças nas famílias
Entre 1998 e 2008, o perfil das famílias apresentou mudanças, segundo os dados da OIT. O percentual de casais sem filhos passou de 13,3% para 16,6% dos casais do país.
Aumentou ainda de 16,7% para 17,2% as famílias com mulheres sem cônjuges, mas com filhos. A taxa de fecundidade entre as mulheres de 15 a 49 anos caiu de 2,9 para 1,95 por mulher.
Convenção 156
A OIT informou que atua para que o governo brasileiro ratifique a Convenção 156 da OIT, que visa reduzir as desigualdades de gênero no mercado de trabalho.
Convém salientar que a gestão feminina nos lares é diferente da masculina, fruto dos diferentes padrões de consumo entre homens e mulheres, conforme podemos verificar na tabela comparativa abaixo, mulheres gastam mais com educação, vestuário e cuidados com as crianças, os homens gastam mais com transportes, especialmente, com acessórios para os veículos.
Onde eles e elas mais gastam (%):
Famílias chefiadas por: | homem | mulher |
Despesas gerais de consumo | 75,3 | 80,7 |
Alimentação | 17,3 | 16,5 |
Habitação | 27,9 | 33,8 |
Vestuário | 4,6 | 5,0 |
Transporte | 9,7 | 7,7 |
Higiene e cuidados pessoais | 1,7 | 2,1 |
Assistência à saúde | 5,3 | 5,7 |
Educação | 3,3 | 3,6 |
Recreação e cultura | 1,9 | 2,1 |
Fumo | 0,6 | 0,6 |
Serviços pessoais | 0,8 | 1,0 |
Despesas diversas | 2,2 | 2,6 |
Sobre esse tema é muito interessante uma matéria que pode ser lida na Revista Eletrônica Espaço Aberto, da USP.
Abs a todos.
Fonte:
conteúdo: G1
imagem: Revista Eletrônica Espaço Aberto
4 comentários:
Ola amiga
Tudo bem?
Muito interessante este texto. E tenho que lhe dizer, como trabalho com RH, na verdade o que vejo, enquanto as mulheres tem garra, determinação e coragem, para trabalhar e labutar, hoje o homem é bem desanimado, " paga para não arrumar emprego". Infelismente é nossa realidade, tanto que muitas empresas estão aderindo a contratar só mulher.
Bjs
Andresa
Querida,
Como está? Obrigada pelos dados vão contribuir muito para as minhas palestras e para o curso.
Abraços,
Sônia Maria.
Oi Andresa,
Já estava com sds de sua participação.
É muito bom compartilhar conhecimento, e suas palavras ampliam os horizontes para aprendermos sobre o que está acontecendo hoje, agora, antes de qualquer pesquisa!!!
Obrigada.
Bjos, Sabrina.
Oi Sônia,
Vc é uma pessoa incrível, uma amiga de ontem, hoje e sempre!!!
Eu é que agradeço vc por proporcionar a capacitação de tantas mulheres ávidas por conhecimento e me convidar a participar de algumas atividades...
Estamos no mesmo mundinho chamado Terra e todos, cada um a sua maneira, precisam cuidar dele e das pessoas que nele habitam.
Eu tento fazer a minha parte, saiba que vc sempre me inspira nas horas em que o desânimo aparece...
Mil bjos, Sabrina.
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